terça-feira, 9 de março de 2010

Presságio de dezesseis anos


Não recordo o começo com perfeição, mas ainda consigo sentir a felicidade que irrompia em mim junto daquelas faces tão conhecidas num campinho ou correndo no quintal de casa.
Lembro dos joelhos ralados e dos cortes, frutos das brincadeiras em tempo integral de todos os dias.
O que vem depois não há como esquecer com facilidade, a partir disto eu surgi e vai para sempre estar na minha memória recente.A infelicidade de conhecer as pessoas e um de seus piores defeitos: os de compartilhar sua infelicidade a quem quer que seja. E assim, toda a coragem que havia antes em mim se esvaira e transformou- se em complexos e frustrações de tudo que se relacionasse a mim. Aprendi então a ser egocêntrica e individualista como os outros.

Hoje passo o tempo criando metas e forçando um otimismo que me soa estranho toda vez que tento ressuscitá- lo. Tento ocupar minha mente e me distrair com qualquer coisa e cores. Gosto de fotografia e ossos salientes.
Passo algum tempo pensando no meu futuro e ele oscila o tempo todo, como o meu humor, talvez isso defina meu futuro. Pretendo que seja bom, que haja viagens que fotos registrem cada meta e que permaneça em todos os lados os melhores sorrisos e olhinhos experientes.
A única coisa que me cabe é imaginar o tempo todo.